Sobre a vida

Quando eu era pequena, tinha lá meus 8 ou 10 anos, eu pensava no futuro, e imaginava.

Eu achava que os 18 anos estavam muito, mas muito longe, e que aos 22 eu estaria casada. Que eu seria veterinária. Que eu teria 3 filhos.

Os 18 anos chegaram rapidinho. Eu achava que não conseguiria dirigir, por falta de coordenação, e que nunca chegaria a lugar nenhum, afinal, eu sou distraída demais pra lembrar de um caminho. Não foi bem isso que aconteceu. Hoje, vou em cada canto que até Deus duvida.

O casamento não chegou, ams agora, aos 32, ele está mais próximo do que nunca. Estão próximos também os filhos, a minha casa com o Lauro, e a possibilidade de fazer a minha vida com ele.

Não fiz veterinária. Sou arquiteta. Mas não estou satisfeita com a profissão, e a pesar de gostar muito do que faço, estou mudando de área.

Também não viajei, com imaginava que faria, e não abtive o tão almejado sucesso profissional. Na verdade, a situação está é bem complicada, mesmo.

Também nunca imaginei minhas irmãs casadas, que um dia não moraríamos mais juntas. Imaginar a Belita morando lá em Buenos Aires, então, eu jamais cogitei algo assim!

Talvez eu viva mesmo em um mundinho pequeno. Na verdade, gosto dele. Gosto das coisas perto, pessoais, do calor das relações queridas. Eu, que sou uma criatura livre, que prezo e respeito a liberdade, minha e dos outros, definitivamente, não sou uma pessoa do mundo. Gosto das novidades e modernidades na telinha do computador. Assim, não preciso sair do meu abrigo.