18 janeiro, 2008

Um belo dia de trabalho

Me arrumei todinha, com meu terninho azul claro, recém comprado, recém ajustado e recém vindo da lavanderia. Calcei o tênis, já que o escritório novo é perto de casa. 35 minutos de boa caminhada. Mal atravesso a ponte, e dou de cara com um trator quebrando a calçada. Tem um parque logo alí, que está sendo todinho reformado, inclusive as calçadas. Chego no escritório com as bainhas da calça sujas. Tá, nada que uma escova e uma paninho úmido não resolvessem, de noite.
Chego no escritório, troco de sapato e vou ao banheiro me arrumar. Passo o batom, e na hora de recolher o bastão, ele travou. Vou dar uma ajudinha com o dedo, pensei. Esmaguei o pobre. Sorte que ele já estava no final... pego a sombra, para passar nos olhos, e ela simplesmente se atirou da minha mão. Suicídio. Ela devia ter um pacto de morte com o batom... espatifou-se no chão do banheiro, que ficou bem bonitinho, todo coloridinho...
Passou o dia, tive uma reunião massante, que durou das duas da tarde às oito da noite, e cheguei em casa exausta. Resolvi fazer algo rápido para comer, um ovinho mechido. Quebro o primeiro ovo, e pinga clara na pobre da calça.
Aí, foi demais pra mim. Cheiro de ovo podre, não dá. Coloquei a calça pra lavar, e no dia seguinte, fui trabalhar de preto.